Inter garante um ponto em jogo de lance inusitado
O Inter precisou encarar as idas e vindas de um jogo inusitado para garantir um ponto na altitude de Quito na madrugada desta sexta-feira. O empate por 1 a 1 do Colorado com o Deportivo, no Estádio Olímpico Atahualpa, foi marcado por um pênalti dado aos equatorianos e retirado deles instantes depois. Em partida com clima de Libertadores, os gaúchos saíram no lucro, já que a atuação vermelha foi muito fraca.
O Deportivo Quito largou na frente no primeiro tempo, com gol de Minda. O Inter empatou ainda na etapa inicial, em conclusão de Giuliano. Abafado pelo adversário o tempo todo, o Colorado padeceu para garantir um pontinho 2,8 mil metros acima do nível do mar. E contou com a coragem do árbitro colombiano José Buitrago, que deu pênalti inexistente aos equatorianos e depois voltou atrás.
O empate mantém o time de Jorge Fossati na segunda colocação do Grupo 5 da Libertadores, com quatro pontos, dois atrás do Cerro, do Uruguai. O próximo compromisso vermelho pela competição continental é na quinta-feira da semana que vem, justamente contra os líderes da chave, em Rivera, cidade uruguaia que faz fronteira com o Rio Grande do Sul. No domingo, pelo Gauchão, o Inter visita o Veranópolis.
Bobeiras defensivas, oportunismo na frente: 1 a 1 no primeiro tempo
Fossati ordenou aos boleiros: quando clarear, chutem a gol. E os jogadores cumpriram. Mas o treinador certamente não pediu para a zaga colecionar um erro atrás do outro no primeiro tempo do jogo contra o Deportivo Quito. Talvez pelo efeito da altitude, talvez pela ausência de Bolívar, o sistema defensivo vermelho foi envolvido pelo time equatoriano. O empate conquistado pelo Inter nos 45 minutos iniciais poderia ter sido derrota.
E seria até justo se fosse assim. O Inter criou uma ou outra oportunidade, mas sempre em chutes de longe. O Deportivo Quito, aquele mesmo que apresentou futebol terrível contra o Cerro, soube trabalhar melhor as jogadas. Teve velocidade, e muita, mas não ficou só nisso. Soube, por exemplo, explorar o lado esquerdo defensivo dos brasileiros. Juan jogou forte, com seriedade, mas foi superado pelos atacantes adversários repetidas vezes.
Sorondo, santo Sorondo, salvou o Inter de sorte pior no primeiro tempo. Aos 16 minutos, Pirchio recebeu livre, em profundidade, e tocou na saída de um Abbondanzieri desesperado. A bola engatinhou até o gol. Por um ou dois segundos, o Olímpico Atahualpa silenciou para ver quem venceria a corrida até a linha do gol: a bola ou Sorondo. E o uruguaio ganhou. Em cima da linha, cortou parta escanteio.
O lance foi emblemático para mostrar a superioridade que o Deportivo começava a ter. O Inter, depois de manter a bola no ataque na largada da partida, passou a ser pressionado. Tinha cheiro de gol no ar. E foi o que aconteceu. Aos 33 minutos, os equatorianos partiram em disparada pelo lado esquerdo de ataque. Bruno Silva não conseguiu interromper a investida. Arroyo cruzou, Abbondanzieri cortou apenas parcialmente e Minda, no rebote, mandou para o gol. As cerca de 10 mil pessoas presentes no estádio deram um pulo coletivo – excetuados, claro, os colorados.
E aí o ataque vermelho funcionou. Antes que o Deportivo ousasse ampliar, Alecsandro mandou uma pancada de fora da área. A bola bateu na trave, passou por Edu e encontrou Giuliano. O garoto colorado, aos 40 minutos, completou para o fundo do gol. Ufa: o primeiro tempo terminava empatado.
Árbitro quase complica o jogo
Uma confusão no início da etapa final quase complicou um jogo que estava tranquilo até então. Aos sete minutos, em bola lançada na área do Inter, Abbondanzieri saiu do gol, segurou a bola e na sequência trombou com Pirchio. Inexplicavelmente, o árbitro colombiano José Buitrago marcou pênalti para o Deportivo.
O lance gerou uma grande revolta do grupo colorado, que partiu para cima do árbitro. Pato e o técnico Jorge Fossati foram reclamar com o assistente Wilson Berrío, que chamou José Buitrago para conversar. Após rápido bate-papo e muita pressão vermelha, o juiz voltou atrás e deu bola ao chão, ocasionando, desta vez, a revolta dos equatorianos.
Para quem pensou que o Deportivo se abalaria, ledo engano. Os equatorianos tiveram duas chances na sequência e por muito pouco não ficaram de novo na frente. Com 14 minutos, Aguirre cruzou da esquerda, o baixinho Niell subiu sozinho e cabeceou com perigo à direita do gol. E aos 18, Donoso aproveitou sobra na entrada da área e chutou rente à trave de Pato.
O goleiro colorado definitivamente foi o personagem do segundo tempo. Aos 27 minutos, ele saiu do gol para segurar uma bola aparentemente tranquila. Ao tentar a defesa em dois tempo, foi enganado pelo quique da bola, que passou por baixo de suas pernas e por muito pouco não ficou com o ataque do Deportivo. Abbondanzieri teve que voar na bola para, com dificuldades, salvar o Inter de seu próprio erro.
Abbondanzieri também apareceu de forma positiva. Com 31 minutos, viu Mina receber cruzamento de Donoso e cabecear no canto esquerdo. O goleiro do Inter se esticou todo para mandar a bola pela linha de fundo.
O Inter não teve refresco nem nos acréscimos. Da meia-lua, Donoso cobrou falta buscando o cantinho direito. Abbondanzieri espalmou para frente, Borghello pegou o rebote e Kleber salvou de cabeça.
fonte: ge

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