Os casos são diferentes, mas a intenção é a mesma: extorquir dinheiro de atletas. A forma como os bandidos agem é que muda. O atacante do Náutico Gilmar e os jogadores do Santa Cruz Thiago Matias e Pedro Henrique já foram vítimas. Nesta quinta-feira (16), foram presos em flagrante os dois suspeitos de aplicar o golpe em Matias e Pedro Henrique.Na agenda do celular de Eric Correia, 21 anos, e Wilson de Almeida Lima, 28, constava o nome de outros jogadores, como Kaká, do Milan (Itália), e Juninho Pernambucano, do Lyon (França). O zagueiro Thiago Matias conta que foi abordado pelos bandidos quando estava no carro. “Me ameaçaram de morte. Disseram que o que acontecesse comigo era responsabilidade minha” , afirma Matias.Gilmar também se diz vítima de estelionato. Um homem chamado como Fabiano de Souza Gomes dos Santos teria se passado por irmão do jogador Cléber Santana, amigo de Gilmar, para pedir dinheiro. “Ele veio falando que a mãe de Cleber tava com uma enfermidade séria e precisando de ajuda”, relata Gilmar. Cléber Santana é pernambucano e mora atualmente na Espanha.Depois do pedido, Fabiano teria criado um falso e-mail de Cléber para confirmar a história. Numa conversa pela internet, ele pede dinheiro a Gilmar. Fabiano, aliás, ficou tão próximo do jogador do Náutico que acabou indo ao casamento dele. Foram cinco meses de contato sem que Gilmar desconfiasse de nada. Quando descobriu que se tratava de um golpe, já era tarde. “Chegou a falar comigo uma mulher dizendo que era irmã de Cléber Santana", afirma. Da Espanha, Cleber Santana falou pelo telefone que Fabiano Gomes dos Santos mora no mesmo bairro da família dele, no município de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. Ele teria tentado aplicar golpes em outros jogadores que atuaram com Cléber.A Delegacia de Repressão ao Estelionato disse que a queixa de Gilmar foi registrada e que o caso está sendo investigado. Enquanto isso, o suspeito continua solto e fazendo novas vítimas. Um outro jogador do Náutico disse ao repórter André Gallindo, da TV Globo, que foi procurado nesta semana pelo suspeito numa conversa na internet e que ele teria contado a mesma história para pedir dinheiro.De acordo com o delegado de Água Fria, Ademar Cândido, a investigação sobre o caso de Gilmar não começou porque o jogador do Náutico não fez o boletim de ocorrência. Mesmo assim, Fabiano, conhecido como Chipa, já está sendo investigado, porque foi citado em outros depoimentos.
Fonte: pe360graus.com
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