Por Folha de Pernambuco
Agora que terminou a Copa do Mundo da África do Sul, todos os olhares se voltarão para o Brasil, onde acontecerá a próxima edição, em 2014.
 Matérias relacionadas à competição serão veiculadas quase que diariamente. Para quem gosta, será prazeroso ler ou assistir a notícias sobre o tema. Mas quem não aguenta mais falar em Copa, pode ir se preparando porque nos próximos quatro anos este assunto não sairá dos noticiários. E como a bola vai demorar muito para começar a rolar nos gramados brasileiros, o foco será quase que 100% (a remodelagem da Seleção Brasileira também dividirá a atenção) na construção ou modernização dos estádios, além de toda a infraestrutura das 12 cidades escolhidas como subsedes. Em Pernambuco, por exemplo, mesmo sem ter iniciado as obras, os governantes garantem que tudo está caminhando dentro do previsto, e que no dia 31 de dezembro de 2012 a arena da Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), estará pronta. O entrave da vez é a licença de meio ambiente para que os trabalhos possam ser iniciados.

Na última vistoria feita por três membros técnicos da Fifa, no dia 18 de maio, ficou estabelecido que o início das obras seria em julho (os dois prazos anteriores foram 8 de março e 10 de maio). Porém, para isso acontecer ainda é necessária a licença de meio ambiente, concedida pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). De acordo com Ricardo Leitão, secretário da Casa Civil e chefe do Comitê Executivo da Copa, todos os esforços estão sendo feitos para que o documento ainda saia neste mês. “Assim que for concedida, as obras vão iniciar”, afirmou, para depois adiantar um possível novo atraso: “Se ela não sair agora em julho, mas apenas em agosto, não haverá problema, pois ainda assim teremos tempo suficiente para construir a arena. Em 24 meses dá para fazer tudo”.

Mas enquanto a tão esperada licença não sai, o terreno de 270 hectares, onde será construída a Cidade da Copa, já está desapropriado. Das 252 famílias, 247 foram indenizadas e não estão mais no local. Nas cinco casas restantes, relatou Leitão, ainda não houve um acordo porque estão abandonadas e ninguém soube dizer quem são os donos. Entretanto, como a área de 57 hectares onde será levantada a arena está livre dos posseiros, assim que a licença for concedida, o canteiro de obras será instalado imediatamente.