Foi sob os gritos de “Não é mole, não! Perder para o Ipatinga já é humilhação!” que os jogadores da Ponte Preta deixaram o gramado do Moisés Lucarelli no início da noite deste sábado, em Campinas. O motivo do protesto dos torcedores foi a derrota por 2 a 1 para o Ipatinga, em partida válida pela terceira rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
Na próxima rodada a Ponte Preta, que segue com quatro pontos na competição, tenta se reerguer diante do Atlético-GO, fora de casa, na sexta-feira. Já o Ipatinga, seis pontos no torneio, recebe o Campinense, no sábado.
A torcida da Macaca teve motivos para reclamar da equipe. Errando muitos passes e pecando nas finalizações, o time do técnico Marco Aurélio abusou da paciência das 3.017 pessoas que estiveram no estádio campineiro. Embora tenha dominado a partida, as jogadas sempre esbarravam na zaga da equipe mineira. E o castigo veio aos 18 minutos do primeiro tempo.
Em um contra-ataque rápido, Márcio Diogo cortou um defensor alvinegro e bateu contra a meta de Aranha para fazer 1 a 0 para os visitantes. A investida do veloz atacante do time mineiro foi a única do Ipatinga durante toda a primeira etapa.
No segundo tempo, nova decepção para os torcedores da Ponte Preta, aos 8 minutos. Em outro contragolpe veloz do time mineiro, Márcio Diogo cruzou e a bola bateu no peito de William antes de vazar a meta de Aranha: 2 a 0 Ipatinga.
A Ponte Preta reagiu dois minutos depois, com um chute de Rogerinho, sem defesa para o arqueiro Marcelo Cruz, descontando para o time da casa: 1 a 2. Mas a reação campineira parou por aí.
A ineficiência do ataque do time paulista fez com que a torcida perdesse a paciência. Com 25 minutos, começaram os gritos de protestos e as vaias dos torcedores, que seguiram reclamando até o fim do jogo.
No desespero pelo empate, o goleiro Aranha chegou a ir para a área do Ipatinga, na tentativa de um desvio de cabeça nas sucessivas cobranças de escanteios que o time campineiro teve. No entanto, a falta de organização do ataque da Ponte fez com que a derrota persistisse.