Polêmica: Cerveja faz bem para os atletas
Cerveja. A bebida, juntamente com o futebol, é, sem dúvidas, uma das grandes paixões nacionais. Apesar do conhecido apreço do brasileiro por uma "loira gelada", ela sempre foi vista com muita desconfiança no meio esportivo. Isso porque boa parte dos jogadores é chegada numa farra regada a álcool. Não é raro ver, país afora, os torcedores criticarem os atletas que gostam de tomar "umas e outras" nos períodos de folga. Também é comum vê-los execrando o desempenho ruim de um ídolo que é visto frequentemente na noite. Logo apontam o dedo para ele e culpam a bebida pela performance fraca do boêmio. Esse tipo de postura está com os dias contados. Pelo menos é o que garante uma pesquisa realizada pela Universidade de Granada e autorizada pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) da Espanha. O estudo, que assegura os efeitos benéficos do álcool, foi divulgado, ontem, pelo site da BBC Brasil.
Os jogadores dos times pernambucanos ficaram surpresos com o resultado da pesquisa. O zagueiro do Sport César Lucena diz não gostar de beber, mas acredita que a pesquisa vai agradar muita gente. "Eu, particularmente, não bebo. Nunca gostei disso. Mas se estão falando cientificamente que é bom, vai ter muito boleiro que vai gostar de saber disso", brincou. Mas muita calma nessa hora. Aí vai um aviso aos que pretendem "se jogar" nos prazeres do álcool: exageros não são bem-vindos. Segundo o documento, a ingestão da bebida - apenas em quantidades moderadas - não faz mal algum aos esportistas. Pelo contrário: os especialistas em medicina, fisiologia e nutrição responsáveis pelo estudo afirmam que os atletas deveriam tomar cerveja todos os dias, como forma de matar a sede, relaxar e ajudar na recuperação após a prática esportiva.
A pesquisa, realizada com 16 atletas universitários, durou dois anos e recomenda o consumo de três tulipas diárias de 200 ml de cerveja para homens e duas para mulheres. Outra orientação é que a ingestão seja feita duas horas depois ou antes de suar, durante a alimentação.
O estudo não foi bem aceito entre os especialistas dos clubes do Estado. O fisiologista do Sport, Inaldo Freire, por exemplo, é absolutamente contrário ao resultado da pesquisa espanhola. "Eu sou completamente contra o uso do álcool para esses fins. Com o consumo, o fígado fica sobrecarregado com o processo de metabolização do álcool, quando deveria estar preocupado com ações mais importantes para a recuperação do sistema", declarou.
Para o médico do Santa Cruz, Leonardo Gouveia, é necessário prestar muita atenção: "Todo dia nós somos bombardeados por divulgações de pesquisas controversas. Em certa época, foi bastante difundido que determinada quantidade de vinho por dia faria bem ao coração. Depois, tiveram que corrigir a informação, dizendo que a quantidade seria menor. Portanto, é preciso tomar muito cuidado e não sair recomendando qualquer tipo de tratamento por ai", alertou.
O fato é que a ingestão exagerada de bebidas alcoólicas deve continuar não sendo vista com bom olhos pelos torcedores. O pensamento deles deve acompanhar o raciocínio do treinador do Náutico, Márcio Bittencourt. Quando indagado sobre essa questão, ontem à tarde, o comandante do Timbu se mostrou bem preocupado: "Ah, se essa moda pega".
Por Folha de Pernambuco

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